CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS DO
PEELING DE FENOL COM ÓLEO DE CRÓTON
FEATURES AND BENEFITS OF PEEL PEELING WITH
CROTON OIL
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Department of Neuroscience and Genomics - Brazil
Daniela Oliveira Lopes
Universidade Braz Cubas - Brasil

pág. 8959
DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v9i1.16521
Características e benefícios do peeling de fenol com óleo de cróton
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues1
contato@cpah.com.br
https://orcid.org/0000-0002-5487-5852
Genomics Heraclitus Research and Analysis
Center (CPAH)
Department of Neuroscience and Genomics
Brazil & Portugal
Daniela Oliveira Lopez
contato@cpah.com.br
Universidade Braz Cubas
Centro de Pesquisa e Análises Heráclito
(CPAH)
Departamento de Estética e Cosmetologia
Brasil
RESUMO
A estética é um fator determinante para a autoestima e bem estar, e com o envelhecimento da pele o
indivíduo pode se tornar deprimido ou desmotivado, e visando o rejuvenescimento facial, realizou-se a
descrição de experiências próprias juntamente com uma revisão bibliográfica para apontar as
características e benefícios do peeling de fenol com óleo de cróton (Croton tiglium). O peeling é um
procedimento estético que realiza a destruição controlada das células da pele para induzir a renovação
celular. A pele possui três camadas, sendo elas epiderme, derme e hipoderme, e o peeling de fenol com
óleo de cróton age profundamente na pele afetando suas duas primeiras camadas, a epiderme e a derme.
Em um estudo em suínos, o procedimento observou um aumento na espessura da epiderme (visto o
processo inflamatório) e em seguida a regeneração celular evidente.
Palavras-have: rejuvenescimento facial, croton tiglium, renovação celular
1 Autor principal
Correspondencia: contato@cpah.com.br

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Features and benefits of peel peeling with croton oil
ABSTRACT
Aesthetics is a determining factor for self-esteem and well-being, and with the aging of the skin the
individual can become depressed or unmotivated, and with that, a description of own experiences was
carried out along with a bibliographical review to point out the characteristics and benefits of phenol
peeling with croton oil (Croton tiglium). Peeling is an aesthetic procedure that performs the controlled
destruction of skin cells to induce cell renewal. The skin has three layers, namely the epidermis, dermis
and hypodermis, and the phenol peeling with croton oil acts deeply on the skin, affecting its first two
layers, the epidermis and the dermis. In a study in pigs, the procedure observed an increase in the
thickness of the epidermis (as seen in the inflammatory process) and then evident cell regeneration.
Keywords: facial rejuvenation, croton tiglium, cell renewal
Artículo recibido 05 diciembre 2024
Aceptado para publicación: 25 enero 2025

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INTRODUÇÃO
A palavra beleza alude à diversos padrões estéticos impostos culturalmente pela sociedade nos quais
estão presentes desde os primórdios, porém, atualmente seu conceito está cada vez mais expandido,
sendo vinculado à saúde, bem-estar e autocuidado, no sentido da autopreservação e evitando os efeitos
negativos do envelhecimento. Diversos produtos e técnicas foram criados e aperfeiçoados no intuito de
atenuar o envelhecimento cutâneo, e um deles é o peeling profundo utilizando fenol e o óleo de cróton,
onde ele obteve grandes sucessos na cosmetologia promovendo a destruição e a regeneração controlada
da pele, e para demonstrar estes benefícios para a estética, foi realizada uma descrição de nossas
experiências em conjunto com uma revisão bibliográfica.
A revisão bibliográfica foi realizada em caráter retrospectivo com a utilização de livros e artigos
existentes nas bases de dados: Google Acadêmico; Scientific Electronic Library Online - SCiElo; Minha
Biblioteca; e Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, se limitando a textos escritos nas línguas: português,
inglês e espanhol no período de 2000 à agosto de 2023.
Sistema Tegumentar: Histologia Da Pele
A palavra tegumentar vem do latim que significa “cobertura”, sendo então o sistema que compreende a
pele e os órgãos anexos à ela (FRANGIE et al., 2018). A pele é composta essencialmente por três
camadas: a epiderme, a derme, e a hipoderme nas quais estes tecidos possuem células que possuem uma
extensa variedade de funções, como a proteção mecânica e a imuno vigilância (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2021).
A epiderme é a camada mais externa da pele, possuindo cinco camadas: estrato córneo, estrato lúcido,
estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato germinativo, onde a epiderme possui diversos tipos de
células, sendo elas: Queratinócitos (no qual correspondem a mais de 90% de da estrutura); melanócitos;
células de Langerhans; células de Merkel e axônios amielínicos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALFENAS, 2023). A principal função da epiderme é formar uma barreira protetora contra agentes
químicos ou físicos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2021).

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Figura 1. Composição das camadas presentes na epiderme
Fonte: Universidade Federal de Alfenas (2023)
A derme é a camada intermediária da pele, cuja função é conferir tonicidade, elasticidade e equilíbrio à
pele (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2021), sendo formada pela camada papilar
e a camada reticular, onde elas podem possuir células do tipo: fibroblastos, células dendríticas dérmicas;
Macrófagos; e Mastócitos, possuindo também componentes extracelulares como: colágeno, elastina e
substância fundamental (VELAZQUEZ; MURPHY, 2011).
A hipoderme também é chamada de tecido subcutâneo, e segundo a Universidade Federal de Alfenas
(2023) a hipoderme:
“É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apóia. Dependendo
do grau e nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo
que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. [...] A hipoderme é rica em células que
armazenam gordura (adipócito) e tem como função principal a reserva energética, proteção contra
choque mecânico e isolante térmico.”
Diversas fisiopatologias podem acarretar o envelhecimento precoce do tecido tegumentar, porém, existe
um grande estigma na sociedade com a pele envelhecida e logo tal relutância ao envelhecimento se

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tornou alvo de pesquisas cientificas pelo mundo inteiro para retardar os efeitos do envelhecimento
celular.
Segundo a secretaria de saúde do Rio de Janeiro (2017), “o envelhecimento está associado à perda de
tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular” e os
fatores de risco estão diretamente ligados ao estilo de vida precário da sociedade, tendo resultados
negativos como o estresse oxidativo presente em tabagistas e alcoólatras.
O que é o peeling
O peeling (do inglês to peel = descamar) pode ser caracterizado como um procedimento estético que
age no intuito de tratar cicatrizes de acne, rugas e manchas na pele, e este procedimento pode ser de
realizado de modo químico ou mecânico.
Lopes (2018) relata que o peeling químico é uma quimioesfoliação com agentes esfoliantes e que
“resulta na destruição de partes da epiderme e/ou da derme, posteriormente ocorre uma regeneração
dos tecidos dérmicos e epidérmicos”
Em situações normais, Frangie et al. (2018) relata que “a cada minuto eliminamos cerca de 30 a 40.000
células mortas da pele do corpo”, porém ao envelhecer o ser humano apresenta uma menor taxa de
renovação celular. O peeling age justamente removendo as células mortas e induzindo a renovação
celular cutânea.
O peeling pode ser realizado em caráter superficial, médio ou profundo.
• O peeling superficial age na camada mais superficial da pele, a epiderme, atingindo
principalmente as células basais, sendo utilizados compostos como: ácido hialurônico, ácido
glicólico, retinaldeídos, e dentre outros. A cicatrização ocorre em cerca de dois dias
(YOKOMIZO et al., 2013).
• O peeling médio age na epiderme e parte da derme, atingindo somente a derme papilar, sendo
utilizados compostos como: CA (Ácido Tricoloro Acético), ácido pirúvico e o ácido salicílico. A
cicatrização ocorre em cerca de quatro a quatorze dias e espera-se o resultado de rejuvenescimento
da pele de um a cinco anos (YOKOMIZO et al., 2013).

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• O peeling profundo age sobre toda a epiderme e derme, sendo o peeling de fenol o mais utilizado.
A cicatrização ocorre em cerca de quinze a vinte dias e espera-se o resultado de rejuvenescimento
da pele de cinco a quinze anos (YOKOMIZO et al., 2013).
Peeling de fenol com óleo de cróton
O peeling utilizando o fenol começou a ser usado na primeira guerra mundial com o intuito de tratar as
cicatrizes adquiridas pelos soldados durante as batalhas, mas ao longo dos anos houve diversas
modificações na fórmula utilizada. Na década de 60, os doutores Baker e Gordon propuseram a
realização do peeling com uma formulação de fenol associada ao óleo extraído das sementes da planta
Croton tiglium que também é conhecida como cróton (JUSTO, 2019).
No ano 2000 o pesquisador Hetter estudou a fórmula proposta pelos doutores Baker e Gordon em
concentrações diferentes e após diversas tentativas conseguiu chegar à conclusão que a formulação que
continha menor teor de fenol e maior teor de óleo de cróton possuíam melhor desempenho
rejuvenescedor cutâneo (JUSTO, 2019).
Segundo Machado (2023) ao ser combinado com o óleo de cróton, o peeling de fenol é intensificado,
onde “o óleo de cróton é altamente tóxico à pele, podendo gerar o desenvolvimento de edemas e
eritemas, no entanto, apesar de ser insolúvel na água pode ser dissolvido em álcool e benzenos”.
Algumas pesquisas buscam a compreensão do exato mecanismo de ação do peeling de fenol e do óleo
de cróton. Certos autores relatam que o fenol pode causar a desnaturação das proteínas presentes na
pele, como proposto por Nascimento (2007) que propôs que o fenol realize “o rompimento da ponte
dissulfeto, principal estrutura de estabilização da queratina”. porém, ainda são necessárias maiores
pesquisas que determinem seu real mecanismo de ação.
O autor Justo (2019) dissertou sobre o óleo de cróton no peeling de fenol, onde descreveu quimicamente
os compostos presentes no óleo de cróton sendo encontrados compostos como: Eucaliptol, Linalool,
Terpineol, Cinamaldeído, Eugenol, Cariofilleno, Cumarina e dentre outros compostos. Também foram
encontrados diversos ácidos metil éster como: Ácido láurico, Ácido mirístico, Ácido pentaecanoico,
Ácido palmitico, Ácido palmitoleico, Ácido heptadecanoico, Ácido esteárico, Ácido oleico, Ácido cis-
vaccenico, Ácido linoleico, Ácido araquídico, Ácido behenico, Ácido tetracosanoico e dentre outros. A

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ação potencializadora do óleo de cróton pode estar ligada à existência destes ácidos em sua composição
química, porém, seriam necessários mais estudos para comprovação.
Em uma pesquisa realizada por Silva et al. (2019) os autores realizaram o procedimento do peeling
profundo de fenol com óleo de cróton onde eles utilizaram uma solução preparada com 4% de óleo de
cróton e 96% de fenol a 88% em espécies de suínos, e quando comparados ao grupo controle, a histologia
da pele dos suínos que receberam o tratamento pode se observar um aumento na espessura da epiderme
(visto o processo inflamatório) e em seguida a regeneração celular evidente.
CONCLUSÃO
De acordo com os artigos estudados, o peeling é uma prática estética que realiza a destruição controlada
das células no intuito de ativar a renovação celular, e dentre as diversas práticas do peeling químico, o
uso do fenol pode conceber o rejuvenescimento à pele em quinze anos ou mais, tendo seu efeito
potencializado com o óleo de cróton no procedimento.
A pele é composta por três camadas: a epiderme, a derme, e a hipoderme, e como observado, o peeling
profundo de fenol age nas duas principais camadas da pele, a epiderme e a derme. O peeling de fenol
pode se ter este efeito rejuvenescedor pois o fenol pode romper a ponte dissulfeto das queratinas
(proteínas presentes na pele), já o óleo extraído da planta Croton tiglium pode ser benéfico quando
associado ao peeling de fenol pois ele contém diversos ácidos metil éster, que são pró-inflamatórios.
Porém, mesmo com tais evidencias ainda são necessárias maiores pesquisas para determinar o real
mecanismo de ação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRANGIE, Catherine M. et al. MILADY COSMETOLOGIA: ciências gerais, da pele e das unhas. São
Paulo: Cengage, 2018. 616 p. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126729/ . Acesso em: 22 ago. 2023.
JUSTO, Aline da Silva. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO DE Croton tiglium
(EUPHORBIACEAE) E AVALIAÇÃO DO PERFIL DERMATOLÓGICO DO PEELING DE
FENOL COM ÓLEO DE CROTON. 2019. 88 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências
Farmacêuticas, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2019. Disponível em: