INTERAÇÕES NEUROQUÍMICAS ENTRE A
SÍNDROME DE EHLERS-DANLOS E O
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: O
PAPEL DO GABA NA AMPLIFICAÇÃO
FENOTÍPICA
NEUROCHEMICAL INTERACTIONS BETWEEN EHLERS-
DANLOS SYNDROME AND AUTISM SPECTRUM DISORDER:
THE ROLE OF GABA IN PHENOTYPIC AMPLIFICATION
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH)
Adriel Pereira da Silva
Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH)

pág. 8269
DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v9i3.18446
Interações Neuroquímicas entre a Síndrome de Ehlers-Danlos e o
Transtorno do Espectro Autista: O Papel do GABA na Amplificação
Fenotípica
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues1
contato@cpah.com.br
https://orcid.org/0000-0002-5487-5852
Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH)
Brasil & Portugal
Adriel Pereira da Silva
contato@cpah.com.br
https://orcid.org/0009-0003-1157-8318
Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH)
Brasil & Portugal
RESUMO
A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) compartilham aspectos
clínicos e neurobiológicos que sugerem uma interação funcional mediada pela disfunção do sistema
GABAérgico. Este artigo propõe que a SED pode amplificar, desencadear ou expor traços autísticos em
indivíduos predispostos, por meio da desorganização de mecanismos neurais compensatórios e da
instabilidade autonômica. Com base em revisão crítica da literatura e em evidências recentes sobre o
eixo cérebro-intestino e plasticidade neural, delineia-se um protocolo terapêutico integrado,
contemplando abordagens farmacológicas, nutricionais, comportamentais, psicoterapêuticas e
genéticas. Aponta-se para a necessidade de protocolos clínicos personalizados e de estudos longitudinais
que confirmem a relação neurobiológica entre as duas condições.
Palavras-chave: síndrome de ehlers-danlos, transtorno do espectro autista, gaba, instabilidade
autonômica, neuropsiquiatria personalizada
1 Autor Principal
Correspondencia: contato@cpah.com.br

pág. 8270
Neurochemical Interactions between Ehlers-Danlos Syndrome and Autism
Spectrum Disorder: The Role of GABA in Phenotypic Amplification
ABSTRACT
Ehlers-Danlos Syndrome (EDS) and Autism Spectrum Disorder (ASD) share clinical and
neurobiological features suggesting a functional interaction mediated by GABAergic system
dysfunction. This article proposes that EDS may amplify, trigger, or expose autistic traits in predisposed
individuals by disrupting compensatory neural mechanisms and destabilizing autonomic regulation.
Based on a critical review of the literature and recent evidence on the gut-brain axis and neural plasticity,
an integrated therapeutic protocol is outlined, including pharmacological, nutritional, behavioral,
psychotherapeutic, and genetic approaches. The need for personalized clinical protocols and
longitudinal studies confirming the neurobiological relationship between these conditions is
emphasized.
Keywords: ehlers-danlos syndrome, autism spectrum disorder, gaba, autonomic dysfunction,
personalized neuropsychiatry

pág. 8271
INTRODUÇÃO
A interseção entre a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem
se revelado objeto de crescente interesse científico nos últimos anos. Tradicionalmente consideradas
condições distintas, evidências emergentes apontam para mecanismos neurobiológicos compartilhados,
capazes de potencializar a expressão clínica de ambas as entidades em determinados indivíduos. Em
especial, a modulação do ácido gama-aminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibitório do
sistema nervoso central, desponta como elemento integrador desses fenômenos (Coleman et al. 2023;
Ghibellini et al., 2015).
Estudos sobre o TEA têm consistentemente identificado um desequilíbrio na relação entre
neurotransmissores excitatórios e inibitórios, com predominância da atividade glutamatérgica em
detrimento da função GABAérgica (Cellot; Cherubini, 2014). Essa alteração compromete a capacidade
de filtragem sensorial, a regulação emocional e a adaptação social, características centrais do espectro
autista. Simultaneamente, pesquisas com pacientes portadores da SED sugerem que disfunções
autonômicas, somáticas e neurológicas podem envolver também instabilidades no sistema GABAérgico,
embora com expressões clínicas mais heterogêneas (Hakim; Sahota, 2006).
Essa convergência funcional levanta a hipótese de que a SED, mesmo em suas formas leves, pode
potencializar a manifestação de traços autísticos em indivíduos geneticamente predispostos, ao
desestabilizar sistemas neuroquímicos e autonômicos compensatórios. Tais interações seriam
particularmente relevantes na presença de sintomas como hipersensibilidade sensorial, ansiedade
crônica, disfunções gastrointestinais e intolerância ortostática, frequentemente observados em ambos os
grupos diagnósticos (Guerrieri, V., 2023).
Com base nesta premissa, o presente artigo propõe uma análise crítica da relação entre a SED e o TEA
sob a ótica da modulação GABAérgica, abordando a hipótese de amplificação fenotípica, as
consequências clínicas dessa interação e propostas para protocolos terapêuticos mais personalizados.
Base Neurobiológica Comum: O GABA no TEA e na SED
A compreensão da base neurobiológica compartilhada entre a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e o
Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige uma análise da dinâmica dos principais neurotransmissores
reguladores da excitabilidade cerebral, em especial o ácido gama-aminobutírico (GABA). Em ambas as

pág. 8272
condições, alteram-se de maneira significativa os padrões inibitórios mediados por este
neurotransmissor, afetando o equilíbrio homeostático entre excitação e inibição no sistema nervoso
central.
No contexto do TEA, a hipótese da disfunção GABAérgica é robustamente sustentada por estudos que
apontam uma redução na síntese, liberação ou sinalização GABAérgica em regiões corticais e
subcorticais críticas (Robertson et al., 2016). Essa deficiência propicia um ambiente de
hiperexcitabilidade neuronal que compromete o processamento sensorial, a comunicação social e a
regulação emocional, pilares sintomatológicos do espectro autista.
No que concerne à SED, evidências ainda preliminares sugerem que, embora a etiologia primária esteja
relacionada a mutações nos genes que codificam proteínas da matriz extracelular, a instabilidade
autonômica e os sintomas neurológicos associados podem ser modulados por disfunções no sistema
GABAérgico (Chiarelli et al., 2021). Observa-se que pacientes com SED frequentemente apresentam
respostas paradoxais a agonistas GABAérgicos, fenômeno que pode ser atribuído a uma
hipersensibilidade de receptores pós-sinápticos ou a uma alteração na homeostase autonômica
dependente de GABA.
A hipótese de que a SED pode desencadear manifestações compatíveis com o espectro autista baseia-
se, portanto, na possibilidade de que disfunções somáticas, associadas à disautonomia e à instabilidade
neuroquímica, provoquem uma descompensação dos circuitos cerebrais reguladores do comportamento
adaptativo. Esse desencadeamento ocorreria, sobretudo, em indivíduos que apresentam predisposição
genética ou perfis neurofuncionais vulneráveis.
Em suma, tanto no TEA quanto na SED, a alteração da função GABAérgica atua como substrato comum,
ainda que os mecanismos específicos e os padrões de expressão clínica variem entre os indivíduos. A
compreensão dessa base neurobiológica é fundamental para o delineamento de estratégias terapêuticas
mais precisas, que respeitem a heterogeneidade fenotípica observada em ambas as condições.
A Síndrome de Ehlers-Danlos como Amplificadora de Traços Autísticos
A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED), particularmente em suas formas hipermóveis e com manifestações
leves, pode atuar como elemento que amplifica a expressão de traços autísticos em indivíduos com
predisposição neurobiológica subjacente. Esta hipótese decorre da observação clínica de que múltiplos

pág. 8273
sintomas da SED, como hipersensibilidade sensorial, fadiga crônica, ansiedade autonômica e desordens
gastrointestinais funcionais, coincidem com domínios frequentemente alterados no espectro autista
(Guerrieri, V., 2023; Ghibellini et al., 2015).
No modelo proposto, a instabilidade somática e autonômica presente na SED compromete a capacidade
do sistema nervoso central de regular a excitação e a resposta ao ambiente. Em indivíduos
neurodivergentes, que já possuem uma arquitetura cerebral propensa a desequilíbrios entre sinalização
excitatória e inibitória, essas instabilidades amplificam padrões de processamento sensorial atípico,
rigidez cognitiva e dificuldades de adaptação social.
A amplificação não implica a criação de um novo quadro clínico, mas sim a intensificação de
predisposições que poderiam permanecer subclínicas na ausência de fatores moduladores desfavoráveis.
A modulação deficiente do sistema GABAérgico, associada a essa desestabilização, contribui para a
exacerbação dos sintomas sensoriais e emocionais, aprofundando a disfunção adaptativa já latente no
perfil neurobiológico do indivíduo.
Do ponto de vista neuroevolutivo, tal processo pode ser interpretado como uma falha nos mecanismos
de compensação neural. Redes cerebrais originalmente capazes de manter a homeostase funcional
tornam-se incapazes de conter a hiperexcitabilidade e a sobrecarga sensorial. Essa hipótese é consistente
com os modelos contemporâneos que consideram o autismo como um espectro de variações no
processamento neural, e não como uma condição dicotômica (Happé; Frith, 2020).
A SED, ao amplificar traços autísticos latentes, revela a necessidade de uma abordagem clínica integrada
que contemple não apenas as manifestações ortopédicas e viscerais da síndrome, mas também as suas
implicações neuropsicológicas e comportamentais.
Desorganização das Compensações Neurais em Contexto de Instabilidade Autonômica
A presença concomitante de disfunções autonômicas e fragilidades somáticas em pacientes com
Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) pode levar à desorganização de mecanismos neurais compensatórios
que, em indivíduos neurodivergentes, atuariam na regulação de traços comportamentais associados ao
espectro autista. Esta desorganização é particularmente relevante no contexto da modulação
GABAérgica, cuja instabilidade compromete a homeostase entre excitação e inibição nos circuitos
corticais e subcorticais (Robertson et al., 2016; Chiarelli et al., 2021).

pág. 8274
Em cérebros com predisposição neurofuncional atípica, a sobrecarga somatossensorial constante,
provocada por disfunções viscerais, hipermobilidade articular, fadiga e dor crônica, tende a exaurir a
capacidade de autoregulação dos sistemas neurais que sustentam a adaptação ambiental e a estabilidade
emocional (Castori et al., 2015). Com o colapso das rotas de compensação, traços autísticos que antes
eram subliminares ou compensados por plasticidade funcional tornam-se evidentes, alterando a
dinâmica da interação social, da resposta ao estímulo sensorial e da organização comportamental
(Happé; Frith, 2020).
A desorganização compensatória não implica em neurodegeneração estrutural, mas em uma perda
funcional da integração entre sistemas neurais que normalmente operariam de forma adaptativa. Essa
perda é potencializada por um ambiente interno instável, onde a sinalização aferente é irregular, o ritmo
autonômico é errático e o limiar sensorial está constantemente modulado por disfunções periféricas.
Este cenário encontra sustentação nas evidências sobre a conexão bidirecional entre cérebro e sistema
nervoso entérico, também conhecido como eixo cérebro-intestino, cuja instabilidade pode desencadear
alterações comportamentais e cognitivas (Furness, 2012).
Pacientes com SED frequentemente relatam intolerância ortostática, sudorese disfuncional, variações
bruscas de temperatura corporal, hipersonia ou insônia fragmentada, além de ansiedade de curso
prolongado (Ghibellini et al., 2015). Todos esses elementos apontam para a presença de um sistema
nervoso autônomo hiperreativo e desregulado, que interfere diretamente nas funções cognitivas e
afetivas superiores, intensificando a vulnerabilidade psicossomática.
Nesse sentido, a desorganização das compensações neurais em indivíduos com SED não deve ser
interpretada como um evento isolado, mas como o resultado de uma arquitetura fisiológica que falha em
sustentar a adaptação diante da convergência entre instabilidade visceral, fragilidade tecidual e
desequilíbrio neuroquímico. A associação com o TEA, portanto, emerge como um fenômeno de
confluência funcional, e não de simples coincidência diagnóstica.
Protocolo Terapêutico Integrado para Pacientes com SED e Traços do Espectro Autista
A complexidade da interação entre a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e o Transtorno do Espectro
Autista (TEA) exige uma abordagem terapêutica multifocal, adaptada às instabilidades autonômicas, às
vulnerabilidades neuroquímicas e às expressões clínicas amplificadas. O protocolo proposto considera

pág. 8275
intervenções farmacológicas, nutricionais, comportamentais, psicoterapêuticas e genéticas de forma
integrada e personalizada.
Intervenções Farmacológicas
O manejo farmacológico em indivíduos com SED e traços autísticos deve priorizar a modulação
cuidadosa do sistema GABAérgico. Benzodiazepínicos e análogos de GABA devem ser utilizados com
cautela, dado o risco de efeitos paradoxais, como hipersedação, disautonomia exacerbada e
descompensação do eixo intestino-cérebro (Chiarelli et al., 2021). Flumazenil, um antagonista dos
receptores GABA-A, mostrou benefício pontual em casos de hipersonia associada a SED, mas sua
aplicação requer estrita individualização (Pepito et al., 2020).
A recomendação é iniciar com doses ultrabaixas, realizar ajustes progressivos e monitorar parâmetros
autonômicos e gastrointestinais de forma rigorosa.
Intervenções Nutricionais
Intervenções nutricionais devem contemplar nutrientes que suportem a função GABAérgica e a
homeostase autonômica. A suplementação de magnésio demonstrou capacidade de aumentar a atividade
do GABA e reduzir a hiperexcitabilidade neuronal (Barbagallo; Dominguez, 2010). A vitamina B6 é
cofator na síntese de GABA e sua deficiência está associada a maior risco de sintomas neuropsiquiátricos
(Polavarapu et. Al, 2017).
Sugere-se dieta anti-inflamatória, rica em antioxidantes e fibras solúveis, visando a preservação da
integridade do eixo intestino-cérebro e a redução da inflamação neurovisceral.
Intervenções Comportamentais
A reabilitação neurofuncional deve incluir programas de integração sensorial, focados na modulação da
sobrecarga sensorial comum em SED e TEA (Coleman et al. 2023). Estratégias incluem ambientes com
estímulos controlados, treino de reconhecimento interoceptivo e exercícios graduais de adaptação
autonômica, como a terapia de exposição corporal gradual em contextos seguros.
Rotinas altamente estruturadas, com previsibilidade e baixa volatilidade ambiental, favorecem a
estabilização autonômica e reduzem crises comportamentais.

pág. 8276
Intervenções Psicoterapêuticas
As intervenções psicoterapêuticas devem ser adaptadas à especificidade da dupla condição. Terapias
Cognitivo-Comportamentais (TCC) adaptadas para neurodivergência, bem como a Terapia de Aceitação
e Compromisso (ACT), mostraram-se eficazes em reduzir ansiedade somatoforme e promover
estratégias de enfrentamento emocional (YE et al., 2024).
A educação psicossomática sobre a interação entre corpo e mente é fundamental para o empoderamento
do paciente e para o aumento da adesão terapêutica.
Intervenções Genéticas e Personalização Terapêutica
A realização de testes genéticos que investiguem polimorfismos associados à sinalização GABAérgica,
à síntese de colágeno e à regulação autonômica é recomendada. Variantes no gene GABRA2, por
exemplo, foram associadas à vulnerabilidade a distúrbios de ansiedade e podem impactar a resposta a
moduladores GABAérgicos (Enoch, 2008).
A análise genômica personalizada permite selecionar estratégias terapêuticas mais compatíveis com o
perfil bioquímico do paciente, reduzindo o risco de efeitos adversos e aumentando a eficácia do
tratamento.
DISCUSSÃO
A análise integrada da literatura científica e dos dados clínicos disponíveis sugere que a Síndrome de
Ehlers-Danlos (SED) pode atuar como um fator amplificador, desencadeador e expositor de traços
autísticos subclínicos em indivíduos geneticamente predispostos. O substrato neuroquímico dessa
interação é fortemente associado à disfunção do sistema GABAérgico, implicando em instabilidade
autonômica, hipersensibilidade sensorial e desregulação emocional, aspectos comuns tanto ao espectro
autista quanto às manifestações extrapulmonares da SED (Robertson et al., 2016; Chiarelli et al., 2021).
A hipótese de que a desorganização das compensações neurais, secundária à disfunção autonômica e
somática, contribui para a emergência fenotípica do TEA em pacientes com SED encontra sustentação
teórica na literatura atual sobre a plasticidade cerebral e as conexões entre o eixo cérebro-intestino e a
homeostase sensorial (Furness, 2012; Ghibellini et al., 2015). Tais evidências reforçam a necessidade
de uma abordagem clínica que transcenda os modelos tradicionais de diagnóstico categorial,

pág. 8277
privilegiando a análise dinâmica das interações entre fatores somáticos, neuroquímicos e
comportamentais.
O protocolo terapêutico proposto, baseado em modulação farmacológica seletiva, suporte nutricional
funcional, reabilitação neurofuncional sensorial, psicoterapia adaptada para neurodivergência e
personalização genética, representa uma estratégia inovadora e alinhada aos princípios da medicina
personalizada e da neuropsiquiatria evolutiva. Entretanto, a implementação desse protocolo em larga
escala requer a validação de biomarcadores genéticos, neuroquímicos e autonômicos específicos,
capazes de guiar a estratificação de risco e a individualização do tratamento.
As perspectivas futuras incluem:
• A realização de estudos longitudinais com coortes de pacientes com SED para investigar
a prevalência de traços autísticos antes e após a descompensação autonômica.
• O desenvolvimento de painéis genéticos específicos que integrem variantes em genes
do sistema GABAérgico, matriz extracelular e canais autonômicos.
• A validação clínica de protocolos de intervenção baseados na análise de polimorfismos
genéticos e na avaliação funcional autonômica.
• A criação de diretrizes clínicas para o rastreamento sistemático de sintomas
neuropsicológicos em pacientes diagnosticados com SED, mesmo em suas formas leves.
Por fim, a convergência entre neurociência, genética e prática clínica humanizada é o caminho mais
promissor para compreender e tratar adequadamente as manifestações amplificadas do espectro autista
em pacientes com Síndrome de Ehlers-Danlos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBAGALLO, Mario; DOMINGUEZ, Ligia J. Magnesium and aging. Current Pharmaceutical
Design, v. 16, n. 7, p. 832-839, 2010. DOI: 10.2174/138161210790883679.
GUERRIERI, V. et al. Pain in Ehlers-Danlos Syndrome: A non-diagnostic disabling
symptom?. Healthcare (Basel, Switzerland), v. 11, n. 7, p. 936, 2023. DOI:
10.3390/healthcare11070936.
CELLOT, Giacomo; CHERUBINI, Enrico. GABAergic signaling as therapeutic target for autism
spectrum disorders. Frontiers in Pediatrics, v. 2, 2014. DOI: 10.3389/fped.2014.00070.

pág. 8278
COLEMAN, M. et al. Sensory profiling in classical Ehlers-Danlos syndrome: evidence from a case-
control study reveals pain characteristics, sensory changes and impaired pain modulation. Annals
of the Rheumatic Diseases, vol. 82, suppl. 1, 2023, p. 1273. DOI: 10.1136/annrheumdis-2023-
eular.3622.
POLAVARAPU, Aparna; HASBANI, Daphne. Neurological Complications of Nutritional
Disease. Seminars in Pediatric Neurology, v. 24, n. 1, p. 70-80, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.spen.2016.12.002
GHIBELLINI, G.; BRANCATI, F.; CASTORI, M. Neurodevelopmental attributes of joint
hypermobility syndrome/Ehlers-Danlos syndrome, hypermobility type: update and
perspectives. American Journal of Medical Genetics Part C: Seminars in Medical Genetics, v.
169, n. 1, p. 107-116, mar. 2015. DOI: 10.1002/ajmg.c.31424.
ENOCH, Mary-Anne. The role of GABA(A) receptors in the development of alcoholism. Pharmacology
Biochemistry and Behavior, v. 90, n. 1, p. 95-104, 2008. DOI: 10.1016/j.pbb.2008.03.007.
PEPITO, Donna Lea; MARKUN, Leslie; SAMPAT, Ajay. Flumazenil for the treatment of
hypersomnolence and fatigue in a patient with Ehlers-Danlos syndrome with multiple cardiac
comorbidities. Sleep, v. 43, suplemento 1, p. A466–A467, abr. 2020. DOI:
10.1093/sleep/zsaa056.
FURNESS, John B. The enteric nervous system and neurogastroenterology. Nature Reviews
Gastroenterology & Hepatology, v. 9, p. 286-294, 2012. DOI: 10.1038/nrgastro.2012.32.
HAPPÉ, Francesca; FRITH, Uta. Annual Research Review: Looking back to look forward – changes in
the concept of autism and implications for future research. Journal of Child Psychology and
Psychiatry, v. 61, n. 3, p. 218-232, 2020. DOI: 10.1111/jcpp.13176.
YE, L.; LI, Y.; DENG, Q.; ZHAO, X.; ZHONG, L.; et al. Acceptance and commitment therapy for
patients with chronic pain: A systematic review and meta-analysis on psychological outcomes
and quality of life. PLOS ONE, v. 19, n. 6, e0301226, 2024.
DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0301226.
ROBERTSON, Caroline E. et al. Reduced GABAergic action in the autistic brain. Current Biology, v.
26, n. 1, p. 80-85, 2016. DOI: 10.1016/j.cub.2015.11.019.