Sin título-2 

 


DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v6i3.2451      

 

A utilização do pmbok como metodologia afim de atingir

os objetivos organizacionais

 

Adroaldo José Weisheimer[1]

 

Sergio Rodrigo Russo Vieira[2]

 

Orientador

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues[3]

 

RESUMO

A gestão de projetos ganhou notável importância visto que, para se manter no mercado competitivo global, é preciso se organizar afim de manter o planejamento, a programação e o controle de diversas tarefas integradas para cumprir os objetivos com sucesso. Os projetos estão cada vez mais complexos, assim, os gestores e seu time necessitam utilizar de técnicas e metodologias para haver um bom gerenciamento. Dessa forma, o PMBOK se mostra como a metodologia mais utilizada pela área, visto que é extremamente genérica, sendo assim, engloba as mais diversas áreas, em diversas aplicações.

 

Palavras-chaves: gestão de projetos; PMBOK; gestão organizacional; gerente de projeto; PMI.

 

 

 

 

 

Correspondencia: [email protected]

Artículo recibido: 02 mayo 2022. Aceptado para publicación: 25 mayo 2022.

Conflictos de Interés: Ninguna que declarar

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Como citar:  Weisheimer, A. J., Russo Vieira, S. R., & Agrela Rodrigues, F. A. (2022). A utilização do pmbok como metodologia afim de atingir os objetivos organizacionais. Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, 6(3), 3110-3124. DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v6i3.2451       

The use of pmbok as a methodology in order to achieve

the organizational goals

 

ABSTRACT

Project management has gained remarkable importance since, in order to stay in the global competitive market, it is necessary to organize in order to maintain the planning, scheduling, and control of several integrated tasks to successfully meet the objectives. Projects are increasingly complex, so managers and their teams need to use techniques and methodologies for good management. Thus, PMBOK shows itself as the most used methodology in the area, since it is extremely generic, and thus encompasses the most diverse areas, in several applications.

 

Keywords: project management; PMBOK; organizational management; project manager; PMI.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. INTRODUÇÃO

Atualmente uma das grandes dificuldades em se levar adiante projetos dentro de instituições de ensino principalmente públicas é a dificuldade de se organizar equipes para composição de atividades que na maioria das vezes não são remuneradas e também não hierarquizadas formalmente para estas atividades, gerando conflitos por interesses não comuns, falta de comprometimento e por consequência levadas a não conclusão destes projetos além de gastos excessivos e por consequência baixíssima qualidade em seus resultados.

As organizações em que equipes distintas efetuam o planejamento de projetos e outras a sua execução, é comum existir a troca de acusações de erros e falhas quanto a custos, prazos e qualidade. A importância de um bom trabalho e a atenção em um processo durante a etapa de planejamento nos brinda com grandes resultados e o investimento envolvido é relativamente pequeno se comparado aos gastos posteriores com modificações durante a execução.

As etapas de projeto são sempre passíveis de revisões, pois são feitas no “papel” e existem possibilidades de intervir e de agregar qualidade ao longo das etapas subsequentes que podem possuir custo elevado relativo as mudanças na fase de projeto.

Os ambientes organizacionais mudam continuamente, e as organizações devem se transformar de forma adequada para assegurar que as metas organizacionais possam ser alcançadas. Para tanto devemos nos voltar para alguns caminhos que nos possam levar a formas de planejamento padronizado de maneira que possamos manter dados de projetos bem-sucedidos como base para outros futuros projetos.

De maneira histórica, a qualidade tem sido vista também como um redutor de custos, possibilitando que as empresas, ao investir em qualidade possam abrir oportunidades para reduzir seus custos de produção e, por consequência, ofertar produtos e serviços com preços mais competitivos. Conceitos difundidos em modelos da qualidade e sua aplicação em diversas áreas de projetos, tais como gestão de pessoas, tecnologia da informação, gestão de processos e cadeia de suprimentos mostram a relevância do tema.

2. GESTÃO DE PROJETOS

A necessidade da expansão do mercado competitivo e a busca por crescimento contínuo das empresas tornou a gestão de projetos um dos pilares centrais para a sobrevivência das organizações, sendo cada projeto desenvolvido e atuante de acordo com seu status, envolverá outras organizações, que se ocuparão de partes específicas.

A correlação de investimentos com projetos, dentro das organizações, é algo fundamental, exigindo planejamento e controle para se alcançar os objetivos esperados. Assim, o desenvolvimento de projetos estão a fim de traçar a metodologia, utilizar de ferramentas e sistemas para obter êxito na gestão organizacional.

O tema proposto tem como objetivo mostrar a relevância de gerenciar um projeto por trás de metodologias que estão disponíveis no mercado e responder o problema da pesquisa: qual a importância, e quais métodos e ferramentas, o desenvolvimento de projetos de softwares possui dentro do mercado competitivo global.

De Campos e Lima (2009, p. 02) explicam que, nos tempos atuais, planejar e executar projetos dentro do ambiente organizacional é enfrentar o desafio de desenvolver suas atividades, deste modo, são a partir de critérios de produtividade, qualidade e cumprimento dos planejamentos estratégicos. Além disso, os autores explicam que o gerenciamento de projetos como disciplina tem como objetivo alcançar um melhor desempenho de um projeto como um todo.

2.1 PROJETOS

A gestão de projetos, de acordo com Lorenzi (2013), pode ser definida como as ações que englobem o planejamento, a programação e o controle de diversas tarefas integradas a fim de cumprir os objetivos organizacionais com êxito.

Assim, as empresas passaram a reconhecer a importância da gestão de projetos tanto em ações a curto prazo, como investimentos futuros. A organização que visa competir em um mercado global tem de buscar melhoria contínua em cada setor, desde a base até o nível operacional, e nesse contexto, a gestão de projetos pode oferecer diversas soluções para o crescimento e funcionamento da organização.

Lorenzi (2013, p.4) aponta que o gerenciamento de projetos, na sua forma clássica, remota às décadas de 1940 e 50, e advêm das áreas da engenharia, principalmente militar, com atividades relacionadas a defesa. Assim, projetos bem estruturados foram elaborados, abatendo os estudos artesanais ou empíricos vigentes.

 “Aqui os projetos foram essencialmente técnicos, de engenharia de grande complexidade e caracterizados pelos altos custos, pelo montante dos riscos e pelo prazo relativamente longo. Este período se prolongou mundialmente até o início dos anos 1990, com a maciça pressão da globalização.” (LORENZI, 2013, p.4)

Faz-se necessário entender, em um primeiro momento, o que é um projeto. Vargas (2002, p.08), caracteriza como:

“Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado, por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos com qualidade.”

Siqueira (2007, p.9) apresentam diversas definições de projetos, como: empreendimentos com objetivo específico e ciclo de vida definido; blocos de construção no desenho e na execução de estratégias organizacionais; precursores de produtos, serviços e processos organizacionais novos e aprimorados; e, os projetos fornecem uma filosofia e uma estratégia quando se deseja fazer mudanças nas empresas.

De acordo com o Project Management Institute (PMI, 2004), um projeto é definido como um esforço temporário a fim de criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Siqueira (2007) apontam que é temporário pois todo projeto tem um início e um final definido. O final é alcançado quando “os objetivos do projeto tiverem sido atingidos, quando se tornar claro que os objetivos do projeto não serão ou não poderão ser atingidos ou quando não existir mais a necessidade do projeto e ele for encerrado”.

O PMI consolidou-se como uma das maiores e principais instituições de estímulo à qualidade dos projetos e, além disso, transformou-se em uma importante ferramenta para o progresso dos conceitos que giram em torno da gestão de projetos, essa que, também, tem evoluído de forma perdurável nos últimos anos.

Segundo o PMBOK (2004), uma das metodologias de gerenciamento, projeto é:

“Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos tiverem sido atingidos ou quando se concluir que esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for encerrado, ou quando o mesmo não for mais necessário

A interação entre projetos, estratégia e objetivos organizacionais, segundo Siqueira (2007, p.10) apud SOTILLE et al (2007), afirmam que:

 “Os projetos são um meio de organizar atividades que não podem ser abordadas dentro dos limites operacionais normais da organização e, portanto, frequentemente utilizados como um meio de atingir as metas definidas no plano estratégico de uma organização”

Deste modo, gerenciar projetos são as ações ligadas com o planejamento, controle, cronograma, orçamento; atividades relacionadas com eventos passíveis de serem preparados. Lorenzi (2013, p.3) aponta que “pode-se assim afirmar que o gerenciamento de projetos é a aplicação de diversos conhecimentos, habilidades, e técnicas para o cumprimento do projeto bem como de seu objetivo”

Gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação e da integração dos seguintes processos de gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento (PMI, 2004).

Souto (2011) complementa que a gestão de projetos, além de melhorar o funcionamento das organizações por meio da tomada de decisões racionais e fundamentadas na coleta de dados e informações, contribui para a realização dos interesses dos seus proprietários e a satisfação dos clientes.

Moraes (2012, p.2) destaca que, atualmente, as organizações buscam diversas ações a fim de proporcionar crescimento e inovação, e essas ações são baseadas em projetos estruturados. “Projetos de pesquisa ajudam as instituições de ensino na disseminação do conhecimento e na criação de novos processos e produtos.” Além disso, os projetos asseguram a vantagem para competir de forma sustentável dentro do mercado globalizado.

Souto (2011, p.24) ainda aponta que é de suma importância a conscientização da equipe de projetos acerca dos objetivos a serem alcançados, para assim poder organizar o tempo e realizar as tarefas nos prazos estabelecidos, “e assim obter êxito e qualidade nos projetos dentro dos prazos acordados com o cliente”

Com uma crescente demanda de projetos por parte das organizações, Moraes (2012, p.2) afirma que os projetos estão cada vez mais complexos, “e com isso os gestores devem estar atentos à necessidade de técnicas e ferramentas adequadas que proporcionem um bom gerenciamento.”

O autor ainda aponta que uma metodologia para o gerenciamento de projetos é aplicada em etapas detalhadas, onde assim é possível controlar as ações a serem aplicadas. E ainda que seja adotada metodologias semelhantes, a forma de aplicação será diferente em cada projeto e em cada empresa.

Kerzner (2006) afirma que, atualmente, se deve gerenciar os projetos de forma horizontal, não mais de forma vertical, como ocorria tradicionalmente. Pois, na gerência e administração horizontal são formados grupos funcionais, esses, trabalhando de forma mais interativa e com comunicação permanente, facilitando a troca de informações entre os subordinados e gerentes.

O gerente de projetos, por sua vez, conforme colocado por Lorenzi (2013, p.4), deve dominar diversas habilidades interpessoais, como: “comprometimento, responsabilidade; franqueza, clareza e objetividade; liderança, agregação, motivação e entusiasmo”. Assim, dominando-as, o gerente está apto para liderar sua equipe e solucionar os conflitos e problemáticas, tanto da equipe, como organizacional.

Amâncio (2008) pontua que o gerente de projetos é o responsável por fazer o projeto atingir seus objetivos, sendo necessário o profissional ter conhecimento de contabilidade, entendimento o ambiente de projeto e conhecer as normas e regulamentos da área de atuação.

3. PMBOK

Segundo o trabalho de Fiorot e Gerosa (2007, p. 03), existem alguns obstáculos enfrentados no gerenciamento de projetos. Os autores explicam, em seu texto, que existem cinco erros comuns em gerenciamento de projetos: definição e planejamento inadequado do projeto; práticas de gerenciamento inadequado de mudanças de escopo; não gerenciamento do plano de trabalho (Workplan); falta de comunicação com os interessados; falta de um bom gerenciamento de qualidade.

A compreensão no que concerne a gerenciamento de projetos vem, a cada dia mais, sendo mais consolidada e exigida pelas empresas de seus profissionais. Na contemporaneidade, as empresas que não fazem uso do gerenciamento de projetos e que, mesmo assim, obtêm sucesso sem desperdiçar seu tempo e dinheiro são totalmente raras.

Os autores Campos e Lima (2009, p. 02) apontam que não é algo simples a implementação de um programa de melhoria de processos, visto que não há um método padronizado, tendo que se adaptar de acordo com a exigência de cada empresa. Os autores ainda complementam que existrem diversos padrões, referências ou modelos reconhecidos para serem implementados pelas organizações, como:

ISO/IEC 15504 (ISO,2003) o Capability Maturity Model Integration (CMMI), (CHRISSIS, 2003), o Project Management Body of Knowledge (PMBoK), (PMI, 2008) e o Software Engineering Body of Knowledge (SWEBoK) (IEEE, 2004). (CAMPOS; LIMA, 2009, p. 02)

Dessa forma, com os inúmeros obstáculos a serem, ainda, superados no transcorrer da elaboração projeto e, também, com a busca constante pela diminuição dos prazos e custos, a utilização de ferramentas de apoio ao gerenciamento de projetos tem tornando-se cada vez mais presente em várias organizações.

Em harmonia com a teoria de Tartari Junior (2017, p. 04) um pleno conhecimento das “técnicas e melhores práticas existentes no PMBOK” somado a uma “ferramenta de gerenciamento de projetos e uma metodologia de implementação elaborada para atender as características dos projetos da empresa trazem a garantia de melhor qualidade no gerenciamento dos projetos”.

De acordo com Dantas (2003, p. 15), faz-se possível afirmar que o gerenciamento de projetos é “a aplicação de conhecimento, experiências, habilidades, ferramentas e técnicas nas diversas atividades de um projeto”. Dessa forma, possuindo o objetivo de planejar e controlar tais atividades, “de forma a atender ou exceder as necessidades e expectativas das pessoas envolvidas com o projeto”. (DANTAS, 2003, p. 15)

Costa (2016) acredita que no momento em que as dificuldades em “entregar produtos ou sistemas de qualidade, dentro do prazo e orçamento previamente estabelecidos, que satisfaçam às necessidades de seus usuários”, existem, é um claro “sinal da falta de gestão de projetos”.

Na contemporaneidade, existem inúmeras metodologias relacionadas a gestão de projetos, a mais reconhecida é a PMBOK – Project Management Body of Knowledge.

 Segundo o manual da PMBOK (2013, p. 32), o gerenciamento de projetos pode ser definido como a “aplicação do conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus requisitos.”

No ano de 1987, o PMI publicou a sua primeira coleção de padrões em relação a Gerenciamento de Projetos, chamado The Project Management Body of Knowledge, ou, mais conhecido como PMBOK. Essa coleção teve suas atualizações nos anos de 1996, 2000, 2004, 2008 e, além disso, o Guia PMBOK, em sua quinta edição, foi publicado no ano de 2013.

O guia PMBOK pode ser definido como o material onde é descrita a somatória dos conhecimentos e as práticas de melhor aplicação dentro da profissão e da aplicação de uma gerência de projetos.

Além disso, é consolidado como um material de caráter genérico, ou seja, abrange todas as áreas de conhecimento, como, por exemplo, a construção de um edifício, bem como para a produção de um software. O manual em questão engloba as cinco principais e mais importantes fases que constituem todo o processo que envolve a gestão de projetos: inicialização, execução, planejamento, controle e encerramento.

As metodologias de gerências de projetos que se baseiam no PMBOK, segundo Campos e Lima (2009, p. 02), são as mais utilizadas pelas organizações, visto que a abrangência dos projetos “podem ser gerenciados consiste no diferencial dessas metodologias”.

Fiorot e Gerosa (2007., p. 06), explicam, em seu trabalho, sobre as principais questões abordadas no PMBOK, afirmando que:

As áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos agrupam processos de gestão. O PMBOK cita nove áreas (PMI, 2004, p. 9): gerenciamento de integração, gerenciamento do escopo, gerenciamento de tempo, gerenciamento de custos, gerenciamento da qualidade, gerenciamento dos recursos humanos, gerenciamento das comunicações, gerenciamento de riscos e gerenciamento de aquisições.

Tartari Junior (2017, p. 03) comenta que o PMBOK realiza uma sugestão de “quais processos devem ser executados, durante o gerenciamento de projetos nas áreas de escopo, tempo, custo, recursos humanos, comunicações, risco e aquisições”.

Além disso, com o passar do tempo, segundo o autor, o PMI tornou-se – e continua sendo – “a principal associação profissional em Gerenciamento de Projetos”. (TARTATI JUNIOR, 2017, p. 03)

Além do mais, conforme o autor, o PMBOK está em uma evolução constante e, graças a isso, “possui diversos materiais que foram publicados e alguns que não foram publicados, além de várias edições revistas e mais atualizadas.” (TARTATI JUNIOR, 2017, p. 03)

Existem inúmeras metodologias que são diretamente relacionadas a gestão de projetos, além do manual PMBOK, já reconhecido e amplamente utilizado. Conforme o quadro 1, a seguir, é apresentado um amplo comparativo entre algumas metodologias que são viabilizadas no mercado, tanto em âmbito comercial quanto no acadêmico.

Quadro 1Métodos de Gerenciamento de Projetos.

Fonte: Bicalho (2015, p. 15) apud Patah, Carvalho e Monteiro (2012, p. 539)

De acordo com De Campos e Lima (2009), uma boa gerência de projetos é base para um fator competitivo nas organizações, atuando de forma direta na qualidade do produto final.

Tamaki (2009, p. 283) afirma que, de uma forma geral, todos os modelos de gerenciamento de projeto expõem, exclusivamente, “metas ou estruturas necessárias para que um processo de desenvolvimento apresente excelência na qualidade de seus produtos”.

Todavia, o autor afirma ainda que tais modelos não estabelecem a forma exata de “como projetar ou implantar as melhorias necessárias no processo de desenvolvimento”. (TAMAKI, 2009, p. 283)

Cada metodologia de gerenciamento de projeto possui suas próprias características, essas que as diferenciam e destacam por alguma razão específica e, em razão disso, podem ser mais adequadas a algumas circunstâncias do que as outras.

Ainda, segundo o trabalho de Costa (2016) uma prática de qualidade da gestão de projetos performa uma recomendação da “inclusão, no processo de engenharia de sistemas de software, da gerência de riscos”.

O PMBOK, em razão de deter inúmeros processos, acaso será escolhido pelas empresas em seu processo de adaptação a gestão, que, em razão de encontrar algumas dificuldades e, possivelmente, sentirem-se inseguras em relação a suas necessidades mais importantes, podem fazer a opção por alguma outra metodologia.

De acordo com Costa (2016), uma ação da disciplina de uma boa gestão, essa seguindo todas as práticas propostas pelo PMI, resulta em uma melhoria integrada da prática da engenharia de software. É de forma sistémica, com recursos adequados de monitoração alocada, que o desenvolvimento de sistemas ou produtos de software tem de ser realizados.

Por fim, o autor afirma que diversas soluções de problemas têm sido descobertas e testadas, e quando armazenadas, formam um ‘corpo de conhecimento’ da engenharia de software.

As organizações que performam o gerenciamento de seus projetos detém um maior controle em relação aos seus gastos, recursos e seus riscos, podendo, dessa forma, estar sempre um passo a frente na questão da tomada de decisões.

Entretanto, Bicalho (2015, p. 77) afirma que é válido destacar que “para projetos que o custo é elevado ou o tempo de projeto é longo, a gestão de projetos tem uma ótima utilidade para o projeto em si”.

Uma vez que, segundo ele, “além de ter a documentação do que está ocorrendo, pode-se ter controle das fases, custo e uma previa sobre o resultado final do projeto”. (BICALHO, 2015, p. 77)

As metodologias que levam a um “efetivo gerenciamento de projetos estão sendo desenvolvidas”, e o PMBOK consolidou-se como a “principal fonte de conhecimento para garantir qualidade na gerência de projetos”. (CASTOR, 2006, p. 18)

Desta maneira, a maioria dos projetos podem ser determinados como um meio de planejar, executar e controlar todas as ações que possuem como seu principal objetivo a implementação de estratégias.

Portanto, faz-se possível concluir que o quão de melhor qualidade for o gerenciamento de tais projetos, melhores serão os resultados e benefícios que serão alcançados. À vista disso, a infindável busca por aperfeiçoamentos nos índices de produção, os desenvolvimentos contínuos nos sistemas operacionais e a prática de investimentos na organização tornam-se aspectos estratégicos e indispensáveis

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na sociedade atual, informatizada e digital, planejar e executar projetos dentro das organizações é um desafio que envolve produtividade, qualidade e metodologia para cumprir o planejado estrategicamente, sendo assim, o gerenciamento de projetos, uma área estratégica de suma importância para a melhoria de um projeto como um todo.

Com uma crescente demanda por crescimento empresarial, metodologias precisam ser desenvolvidas para assegurar a qualidade dos programas e a eficiência do mesmo dentro das organizações. É um desafio esse gerenciamento de metodologias visto que não há uma padronização de execução, existindo diversas referências, padrões e modelos, sendo o desenvolvedor o responsável para escolher a ferramenta mais eficiente.

As metodologias para desenvolvimento e gerenciamento de projetos são diversas, e conforme apresentado no decorrer do trabalho, são constantemente adicionadas novas ferramentas para auxiliar o gestor de projetos a se destacar no mercado, possuindo uma gestão e equipe competitiva mercadologicamente, por, além de ser eficiente, ter uma boa qualidade final.

Por fim, diante dos diferentes métodos e aplicações, cabe a organização em conjunto aos gestores de projeto, adequarem o melhor uso fim da metodologia, se adequando conforme o projeto da empresa, e, de forma eficiente, executar e controlar as ações para alcançar o objetivo principal, sendo assim, não há um melhor gerenciamento de projetos, e sim, o que auxiliou a alcançar os resultados almejados.

5. REFERÊNCIAS

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[1] Estudante de administração na Logos University International, Unilogos.

 

[2] Advogado e sócio da Nelson Wilians Advogados, MBA em gestão e negócios, Conselheiro OAB AM e especialista em gestão empresarial

 

[3] PhD, neurocientista, mestre em psicanálise, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, neurolinguística, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo, programação em python e formação profissional em nutrição clínica - Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador na Universidad Santander de México; Membro da SFN - Society for Neuroscience, Membro ativo Redilat.